CINE CONCERTO LIMITE

Projeto de circulação da performance de trilha sonora ao vivo, criada por Daniel Nunes para o clássico filme brasileiro Limite, de Mário Peixoto, em seis regionais de Belo Horizonte, acompanhada pela realização de workshops gratuitos, Laboratório de Trilha Sonora, ação que visa promover o fomento de trilhas sonoras para obras audiovisuais.

MÓDULO 2
INSCRIÇÕES ATÉ 08/07/2024

Daniel Nunes é compositor e artista sonoro cujo trabalho abrange a criação de trilhas sonoras para cinema e teatro, além de colaborações em projetos experimentais de música e arte visual, destacando-se internacionalmente por suas performances e exposições em diversas instituições culturais ao redor do mundo.

SOBRE O PROJETO

Inspirado pela atmosfera das primeiras exibições públicas de películas na história do cinema, nas quais projeções de filmes mudos eram acompanhadas por música executada ao vivo, o Cine Concerto Limite propõe a circulação da performance de trilha sonora ao vivo criada por Daniel Nunes para o clássico do cinema brasileiro, Limite (1930), de Mário Peixoto.

PROPOSTA

Cine Concerto Limite pretende transformar os Centros Culturais em salas de cinema preparadas com equipamentos para uma sessão de exibição cinematográfica, convidando o público da cidade a ter uma experiência singular que reúne música, cinema brasileiro e pipoca, promovendo sessões gratuitas e acessíveis especialmente concebidas para o filme Limite. Todas as sessões contarão com Audiodescrição (AD) e Closed Caption (CC) ou Legenda Descritiva.

Considerado pela Associação Brasileira de Críticos de Cinema (Abraccine) um dos melhores filmes já realizados na história do cinema brasileiro, Limite traça as angústias e fragilidades da existência humana. Um filme poético que apresenta técnicas de fotografia bastante experimentais para a época, edição com rítmicas ousadas e uma série de signos que fazem os espectadores navegarem por um “mar além…”.

PERFORMANCE

Atraído pela perspectiva onírica tratada por Peixoto, o universo sonoro criado por Daniel Nunes é composto por gravações de campo de distintas regiões do Brasil, bem como de países sul-americanos, e reúne temas musicais compostos por timbres diversos. A trilha sonora é concebida por instrumentos acústicos como o piano e instrumentos eletrônicos como sintetizadores e drum machines.

No set, o músico ainda acrescenta a guitarra preparada tocada com o motor de um ventilador e instrumentos de percussão como alfaia e metalofone. Por fim, processa sua voz por delays e reverbs, construindo uma sonoridade fantasiosa. A performance do artista dialoga com a complexidade dos planos, movimentos de câmera, close- ups, cenários, angústias e incertezas traçadas por Peixoto, propondo sentidos, sensações e distintas matizes para a narrativa que se desenrola no filme.

WORKSHOPS

Concomitantemente às performances, Daniel promoverá, durante as manhãs e/ou tardes, antes de cada dia de exibição, o workshop gratuito ‘Laboratório de Trilha Sonora’, dedicado à produção de trilhas sonoras para obras audiovisuais. Esta iniciativa surge em decorrência da Lei Paulo Gustavo, que recentemente selecionou uma série de projetos audiovisuais a serem realizados e executados na cidade de Belo Horizonte.

O workshop é resultado da vasta experiência de Daniel como profissional do som para cinema e tem como objetivo estabelecer e estimular a participação de artistas locais em um mercado que certamente demandará profissionais qualificados.

A proposta de promover essa ação de formação visa criar um intercâmbio entre artistas e Daniel, estabelecendo assim uma troca de referências e experiências capazes de estimular produções e consumos colaborativos e coletivos de bens culturais. Ao todo, serão 6 encontros, cada um constituindo 1 módulo. Cada módulo terá duração de 4 horas e abordará temas distintos entre si, resultando, ao final, em um curso total de 24 horas/aula.

MÓDULOS

Um encontro que busca desvelar o termo trilha sonora e suas aplicações no universo audiovisual.

Fluxos e funções da equipe de som nas etapas de pré-produção, produção e pós-produção.

Sobre a ação do som direto em set, equipamentos e alguns exercícios práticos.

Microfones: os tipos, características, manuseio e aplicações em diferentes contextos.

Um mergulho no universo digital dos softwares e suas diversas possibilidades de produção sonora.

Um exercício prático sobre as possibilidades sonoras de um roteiro de cinema.

A potência do encontro entre as sonoridades e as imagens: a magia do cinema.

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PROGRAMAÇÃO

Performance de Trilha Sonora

PROJETO LISE

DANIEL NUNES
— LISE —

Daniel Nunes compõe trilhas, capta som direto e desenha sons para cinema, longas, curtas-metragens e teatro. é um dos idealizadores do selo mineiro La Petite Chambre Records, dedicado à música experimental e idealizador do festival de música Pequenas Sessões, que teve sua décima terceira edição em 2023.

Seu trabalho vai além do universo musical ao permitir trocas com artistas de outras vertentes que passam pela vídeo-arte, web-arte e performance. Já apresentou trabalhos no Itaú Cultural (SP), na Oi Futuro (RJ), MIS (SP), SESC Paulista (SP), Santander Cultural (RS), SXSW (EUA), Focus Wales (Reino Unido), ESMAE (Portugal), Centro de Arte Contemporáneo (Equador) e Matucana 100 (Chile).
Atualmente Daniel é Professor de Arte no Centro de Formação Artística e Tecnológica – Cefart, ocupando a cadeira de Sonoplastia na Escola de Tecnologia da Cena entre 2021 e 2023.
Foi bolsista da equipe de áudio do Centro de Convergência de Novas Mídias (UFMG) e artista integrante do Laboratório de Pesquisa de Trilha Sonora do Palácio das Artes em 2008. É membro da banda Constantina e Projeto Lise com discos lançados na Inglaterra e nos Estados Unidos, shows apresentados em várias capitais brasileiras e países como Argentina, Equador, Estados Unidos, Portugal, França, Inglaterra, País de Gales, Suíça e Bélgica.

Desenvolveu em parceria com o arquiteto Leandro Araújo o projeto Reações Visuais, com o qual recebeu os Prêmios:

  • Interações Estéticas . Funarte | 2008
  • Rede Nacional Artes Visuais . Funarte | 2009
  • Rumos Arte Cibernética . Itaú Cultural | 2010

Com o curta-metragem O Céu no Andar de Baixo, direção de Leonardo Cata Preta, foi premiado com a Melhor Trilha Sonora nos Festivais:

  • Festival do Júri Popular . São Paulo | 2011
  • Festival do Audiovisual Luso Afro Brasileiro . Fortaleza | 2012
Sua graduação é na área de Música – Licenciatura pela Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG), com pesquisa em Sistemas Musicais Interativos.
Foi aluno de composição da classe de Sérgio Rodrigo Ribeiro Lacerda (UFMG), João Pedro Oliveira (Universidade de Aveiro – Portugal) e Rui Penha (FEUP/ESMAE – Portugal). É mestre em Artes pela Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG), com pesquisa em Cartografia Sonora.
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